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Moçambique Regista Aumento Recorde de 24% nas Exportações de Gás Natural em 2024
Moçambique registou um impressionante aumento de 24,6% nas exportações de gás natural nos primeiros nove meses de 2024, alcançando um valor de quase 1.397 milhões de euros. Esse crescimento significativo ocorre num momento de expansão na exploração de gás da Área 4 da Bacia do Rovuma, um dos maiores depósitos de gás natural do mundo, que, segundo especialistas, tem o potencial de transformar Moçambique numa potência global de energia.
De acordo com um relatório recente do Banco de Moçambique, as exportações de gás natural de janeiro a setembro de 2024 aumentaram, apesar de uma queda de 15% nos preços internacionais do gás. Esse resultado é considerado um feito extraordinário, levando em consideração a volatilidade dos mercados energéticos mundiais. O crescimento é atribuído ao aumento do volume de gás exportado e à forte demanda internacional, especialmente de países da Ásia e da Europa, que têm investido pesadamente em gás natural como fonte de energia limpa.
Em 2023, o valor das exportações de gás natural moçambicano foi de 1.643 milhões de euros, três vezes maior do que o ano anterior, e se aproximando das receitas provenientes do carvão, que ainda lidera as exportações do país, embora tenha sofrido uma ligeira queda para 1.467 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024.
O setor de gás natural, agora em forte expansão, é uma das principais alavancas do desenvolvimento económico de Moçambique, que, segundo analistas, poderia ultrapassar as receitas do carvão num futuro próximo. Em termos comparativos, as exportações de gás em 2023 representaram um valor semelhante ao total das exportações de gás entre 2017 e 2022, que somaram mais de 1.776 milhões de euros.
Especialistas indicam que, com o progresso contínuo na exploração do gás natural e com a expansão das infraestruturas de exportação, Moçambique pode se tornar um dos maiores fornecedores de gás do mundo nos próximos anos, superando países tradicionalmente produtores como o Qatar e a Rússia.