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Família denuncia detenção arbitrária da financeira de Venâncio Mondlane
Advogados e ativistas questionam falta de transparência no processo
A detenção de Glória Nobre, financeira do político Venâncio Mondlane, levanta questões sobre possíveis motivações políticas e irregularidades processuais. Após 48 horas sem comunicação, a família conseguiu finalmente estabelecer contacto com Glória, que se encontra na oitava esquadra da polícia, sem que tivesse sido formalmente ouvida por um procurador.
Fontes próximas da detida afirmam que a operação envolveu um número significativo de agentes da polícia, sem apresentação de um mandado de busca e captura. O cenário levanta suspeitas sobre a legalidade da ação e reforça preocupações de que o caso possa estar ligado a pressões políticas.
A Ordem dos Advogados de Moçambique manifestou inquietação quanto à interdição de acesso à esquadra, impedindo familiares e representantes legais de acompanhar a situação. Especialistas em direito alertam que tal prática pode configurar uma violação de direitos fundamentais.
Além disso, um grupo de mulheres amigas de Glória esteve no local para prestar apoio, reforçando a narrativa de que a detenção pode ter objetivos além dos meramente jurídicos.
A questão que fica é: quais são as reais razões por trás desta detenção? O processo seguirá os trâmites legais ou há uma tentativa de silenciar pessoas ligadas a figuras da oposição?