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Venâncio Mondlane Declara Liberdade do Povo em Inhambane
Inhambane, Moçambique – Durante uma visita surpresa ao distrito da Massinga, o líder político Venâncio Mondlane abordou questões cruciais sobre a realidade socioeconômica da província, destacando a necessidade de o povo assumir o controle dos seus próprios recursos.
Mondlane elogiou Inhambane por ser a primeira província do sul de Moçambique a se libertar do neocolonialismo, ressaltando seu vasto potencial em gás, petróleo, turismo, madeira e recursos humanos. No entanto, lamentou que, apesar dessas riquezas, a província continue entre as mais pobres do país. Para ele, chegou o momento de os cidadãos se beneficiarem diretamente dos recursos locais.
Durante o encontro, o líder político criticou as recentes declarações do CHAPO e reafirmou que "o mandato de um povo é eterno, enquanto o de um presidente é temporário". Ele também comemorou a isenção do pagamento de portagens e denunciou a disparidade de preços do cimento, alegando que, apesar de Moçambique ser um país produtor, o material custa menos na África do Sul. Mondlane exigiu que o preço do cimento fosse fixado em 300 meticais e que produtos essenciais fossem isentos do IVA.
O líder reforçou a necessidade de maior transparência na gestão dos fundos públicos e defendeu que as empresas locais operem em benefício da população. Ele também pediu a libertação imediata de presos que, segundo ele, foram detidos injustamente por exercerem seus direitos constitucionais, alertando que as manifestações continuarão caso a situação não seja resolvida.
Mondlane denunciou o que chamou de "50 anos de abusos" do atual regime e declarou o dia 18 de março como o "Dia dos Heróis", que, segundo ele, deve ser reconhecido como um feriado nacional e livre de partidarização. Além disso, repudiou ataques contra o rapper e ativista Edson Da Luz, conhecido como Mano Azagaia, e manifestou indignação diante do assassinato de Elvino Dias e da tentativa de homicídio contra Dinis Tivane.
Por fim, Mondlane comentou sobre o processo judicial que enfrenta em Inhambane, afirmando que convocará o povo para acompanhar seu julgamento e exigindo maior celeridade no caso. Ele encerrou a sua intervenção reforçando que a luta por justiça, igualdade e liberdade continuará, garantindo que a força do povo é inabalável.