
Venâncio Mondlane Defende Sacrifício do Povo em Nome da Política?

As recentes declarações do político moçambicano Venâncio Mondlane geraram polêmica e preocupação. Durante um discurso inflamado, Mondlane afirmou que os cidadãos devem estar “preparados para pagar um preço muito alto” em sua luta política, chegando a admitir que “alguns tombarão, outros serão feridos, presos ou forçados a fugir do país.”
A fala levanta questionamentos sobre os limites da política e o custo que a população deve suportar em nome de uma causa. Se a luta é pela democracia e pelo bem-estar da nação, até que ponto é legítimo incentivar o sofrimento do povo como parte dessa trajetória?
Mondlane tem denunciado as restrições impostas a ele, como a necessidade de autorização para viajar e a proibição de se ausentar de sua residência por mais de cinco dias sem aviso prévio. No entanto, sua retórica agressiva gera dúvidas sobre suas reais intenções. Seria um apelo legítimo contra um sistema opressor ou uma estratégia perigosa que coloca vidas em risco?
O desenvolvimento de Moçambique deve ser baseado no diálogo, na inteligência estratégica e na mobilização pacífica, não no sacrifício da população. A democracia não pode ser construída com violência ou derramamento de sangue.
Liderança verdadeira é aquela que conduz o povo a um futuro melhor, e não aquela que o coloca em perigo. O povo moçambicano merece progresso, não martírio.