
Venâncio Mondlane denuncia: Moçambique tem 23 milhões de marginalizados.

O político moçambicano Venâncio Mondlane fez duras críticas à situação social e econômica do país durante uma transmissão ao vivo. Segundo ele, Moçambique tem cerca de 23 milhões de pessoas vivendo à margem do sistema, sem acesso a direitos básicos, o que classifica como um cenário de marginalização em massa.
Mondlane ressaltou que essas pessoas, muitas vezes vistas como "marginais", são justamente aquelas que mais lutam pelos direitos da população em geral. “São os que vão às ruas, são mortos, feridos, presos, sequestrados e desaparecem. E, mesmo assim, são chamados de vândalos, bandidos, inconscientes”, afirmou.
Como exemplo, o político citou o caso de Topuito, no distrito de Moma, onde moradores se revoltaram ao descobrir o desvio de fundos destinados à construção de uma ponte e uma estrada. Segundo ele, enquanto acadêmicos e intelectuais silenciaram, foram os próprios marginalizados que denunciaram a corrupção e cobraram explicações das autoridades.
A declaração de Mondlane reforça o debate sobre desigualdade e exclusão social em Moçambique, evidenciando a necessidade de maior transparência e justiça na distribuição dos recursos públicos.