PRM Investiga Disparos contra Casa de Dinis Tivane, mas Ausência de Queixa Levanta Questionamentos

 


PRM Investiga Disparos contra Casa de Dinis Tivane, mas Ausência de Queixa Levanta Questionamentos

O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), Leonel Muchina, informou ontem que estão a decorrer investigações para apurar os responsáveis pelos disparos ocorridos na madrugada de domingo contra a residência de Dinis Tivane. No entanto, Muchina expressou preocupação pela ausência de uma queixa formal por parte de Tivane, que é assessor de Venâncio Mondlane.

"Estamos em diligências para esclarecer o que realmente aconteceu, embora a vítima ainda não tenha comparecido à nossa sub-unidade para registrar a queixa e fornecer eventuais detalhes que possua. Estamos, no entanto, a trabalhar para esclarecer o caso", afirmou o porta-voz.

Acredita-se que a ausência de queixa formal por parte de Dinis Tivane se deve à sua postura coerente. Em um vídeo publicado em sua conta no Facebook, Tivane responsabilizou a Frelimo pelos disparos, com o apoio de Venâncio Mondlane, que classificou o ato como uma tentativa de intimidação política. Diante disso, questiona-se qual seria a vantagem de Tivane apresentar uma queixa à PRM, considerando que a instituição também está sob a influência do partido acusado de envolvimento no crime. A incerteza em torno da eficácia de uma investigação levanta dúvidas, especialmente quando se observa que outros casos de violência política, como os assassinatos de Elvino Dias, Paulo Guambe, Giles Cistac, Paulo Machava, Jeremias Pondeca, Inocêncio Matavele, e agressões a figuras como Jaime Macuane e Ericino de Salema, permanecem sem esclarecimento.

Assim, muitos acreditam que qualquer queixa apresentada seria um esforço fútil, dado o cenário de dependência da PRM em relação à Frelimo, o que poderia comprometer a investigação.

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