Responsável do SME aparece 7h depois para dar esclarecimentos sobre retenção de Venâncio Mondlane e ex-presidente

 


Responsável do SME aparece 7h depois para dar esclarecimentos sobre retenção de Venâncio Mondlane e ex-presidentes


Ex-PR da Tanzânia e sua delegação foram liberados; quanto a Venâncio, não há informações concretas


Luanda – O Aeroporto 4 de Fevereiro foi palco de um incidente diplomático que levantou questões sobre as práticas de imigração angolanas. O deputado moçambicano Venâncio Mondlane e outras figuras políticas internacionais foram impedidos de entrar em Angola ao desembarcarem no aeroporto, onde participariam de uma conferência organizada pela UNITA em parceria com a Fundação Friedrich Ebert.


Entre os retidos estavam o ex-presidente do Botswana, Ian Khama, e o vice-presidente da Tanzânia, que também enfrentaram dificuldades na imigração, sem explicação oficial por parte das autoridades angolanas. A conferência em questão tem como objetivo debater temas ligados à democracia e governação.


Após sete horas de espera, um responsável do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) deslocou-se ao aeroporto para se reunir com representantes da UNITA e fornecer esclarecimentos sobre a situação. No entanto, as informações divulgadas não esclareceram completamente os motivos das retenções.


Depois da intervenção da UNITA, os passaportes dos ex-presidentes foram devolvidos, e eles já se encontram em território angolano acompanhados por responsáveis do partido do Galo Negro. No entanto, até o momento, não há informações concretas sobre a situação de Venâncio Mondlane.


A delegação do Botswana já deixou a zona protocolar do Aeroporto 4 de Fevereiro, aguardando os demais membros. Contudo, já passaram a portagem e encontram-se oficialmente em território angolano.


Este incidente ocorre num contexto de crescente tensão política envolvendo Venâncio Mondlane. Em janeiro de 2025, o Serviço Nacional de Migração de Moçambique reteve o passaporte diplomático de Mondlane, após sua renúncia ao cargo de deputado em junho de 2024, conforme reportado pelo Povo News.  Além disso, Mondlane tem liderado, a partir do estrangeiro, a maior contestação aos resultados eleitorais que Moçambique já viveu, embora o presidente do Tribunal Supremo de Moçambique tenha afirmado que não existe uma ordem de prisão contra ele. 


A oposição angolana, reunida na Frente Patriótica Unida, manifestou preocupação com a segurança de Mondlane, solicitando ao governo moçambicano que assegure sua proteção, conforme noticiado pelo Notícias ao Minuto.  A ausência de informações concretas sobre sua situação atual em Angola levanta questões sobre possíveis motivações políticas por trás de sua retenção.


Este episódio destaca as complexas interações políticas na região e a necessidade de transparência e respeito aos direitos individuais nas operações de imigração.

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